segunda-feira, 6 de abril de 2009

Todos dizem que rotular se baseando somente na primeira impressão é errado. Mas pense um pouco, se a pessoa se veste daquele jeito, fala assim, faz essas coisas, ela não pode estar enganando totalmente o mundo, para poupar seu eu interior para as pessoas que a conhecem bem. Não estou dizendo que a aparência define tudo, afinal, aquela patricinha pode ser realmente uma expert na poesia de Oswald de Andrade, mas, se ela usa brilho, gloss e vai pro shopping toda sexta feira, deve gostar disso. Muitas vezes julgamos os outros de fúteis e superficiais por classificarem as pessoas, mas esquecemos que a roupa é o principal instrumento de reconhecimento dos adolescentes. Nada é por acaso: aquela presilha, aquela tatuagem, aquele penduricalho esquisito na bolsa, tudo é completamente planejado e estudado para passar a imagem que achamos que será mais aceita por nosso grupo.

Não é possível acreditar em uma sociedade utópica em que ninguém rotule ninguém erroneamente, aonde todos sejam a mesma pessoa a todo tempo, por que todos nós somos mutáveis, nos adaptando para cada lugar, cada pessoa, cada meio de comunicação. Rotular é um mal, mas necessário para nossa sociedade. Infelizmente.


Aliás, o que você é?

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