sábado, 4 de abril de 2009

é um sentimento sem nome, essa sensação de estômago e coração fundidos, o ácido estomacal corroendo o coração, que continua batendo, desesperadamente, por que sabe que simplesmente não pode parar. e um dia eles vão continuar sua luta em outro lugar, deixando um enorme vazio que simplesmente não consegue ser preenchido por nada.
pequenos objetos, símbolos tão grandes que parecem ser sagrados, bíblicos, jogados no chão do banheiro, molhado, salgado, para depois serem abraçados como se fossem feitos de carne e osso. não dá para suportar o tempo passando, lentamente, ligeiramente. minutos parecem segundos, e horas parecem dias. e tudo o que você pode fazer é simplesmente olhar os mesmos azuleijos desbotados, que você sabe de có.
tudo o que você mais quer é esquecer, mas insiste em lembrar. é tão forte que não pode ser esquecido. parece que está tudo bem, que é tudo do mesmo jeito, mas o fantasma está lá, esperando para dar o bote, escondido em algum canto escuro.
palavras não são o suficiente; nada é suficiente.
vazio.... vazio.


derrepente;
o mundo fica um lugar totalmente diferente. o que antes era óbvio, agora não faz o menor sentido. é totalmente estranho, e o mais estranho de tudo é que faz todo o sentido do mundo...



por mais que vivamos em um mundo aonde todos os ciclos são feitos de dois, seremos eternos coringas; não se encaixando em nenhum dos nipes, mas servindo em todos. e buscaremos, eternamente, o nosso próprio baralho, feito tão-somente de coringas como nós. sabemos que ele está por aí, embora espalhado aos quatro ventos...
um dia o quebra-cabeça vai se completar.
até lá, vivamos.

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