quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Meu coração tá ferido de amar errado. De amar demais, de querer demais, de viver demais. Amar, querer e viver tanto que tudo o mais em volta parece pouco. Seu amor, comparado ao meu, é pouco. Muito pouco. Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.

Caio Fernando Abreu

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

uma era, uma vida, foi-se.



Lá estavam vocês na minha frente. A amizade transbordava e eu era apenas uma observadora invisível, assistindo o filme da história de suas vidas tão coloridas. E a tarde estava ensolarada, com os raios de luz se refletindo
nos seus olhos.
E tudo mudou derrepente. Era noite, estava frio. Todos haviam ido embora
. Sobrara apenas ele, fumando um cigarro. Debruçado na varanda, observando a vida alheia passar. E assim, ele se jogou.

Acordo assustada, o coração batendo forte. Encaro a sua foto, e lá está você com os raios de sol refletindo em seus olhos. Fora um sonho horrível. Pena que é realidade.



Tiradas as licenças poéticas, sim, é a história real. Não conhecia o menino, mas era amigo de minha melhor amiga, e cara, eu fiquei super triste.


Vai em Paz, Yuri.


domingo, 12 de dezembro de 2010

-Às vezes sinto falta de mim.
-Eu também, menina.
-Sente falta de si?
-Não, de você. E dói. [Silêncio]
-Me abraça?
-Sempre.
Caio F.