sexta-feira, 27 de março de 2009

O Céu Brilhava...

O céu brilhava, os passarinhos cantavam; parecia uma comédia romântica barata. O sol reflete em seu rosto, brincando com a cor de seu olho: de castanho para verde, mel, cinza, e daí para castanho de novo, sempre me deixando ver minha carinha feliz refletida. Por que é isso, felicidade, o que eu sinto, quando estou com você, passeando por entre as árvores que, não faz muito tempo, eu escalava, com vestidinhos manchados de suco de uva. Pois bem, sua camiseta está com uma mancha roxa, hoje. E os cheiros se confundem: se eu fechar bem os olhos, parece que estou descalça, contando até vinte para ir procurar. O sol continua brilhando, embalando suas palavras que, eu não duvido, são tão sinceras quanto as minhas. Felicidade, é o que eu sinto, quando você me abraça e me derruba no chão, quase fazendo-me ralar os joelhos, já vermelhos de merthiolate. E é incrível, o parque não mudou nada, e é tão bom brincar de olhar o céu com você, mesmo que ele não tenha nuvens, nem estrelas, por que o azul é tão puro e profundo como nossas mentiras sinceras, e combina exatamente com o meu estado de espírito. E o tempo passou, as crianças foram embora, mas nós continuamos lá, simplesmente encarando um o outro. E tudo começa a ser como nunca foi, mas o céu ainda brilha e isso ainda nos faz feliz, mais do que nada, mais do que tudo.

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